Desde o chamado de Abraão em Gênesis 12, Deus já havia traçado um plano grandioso para formar um povo separado para Si. No entanto, essa promessa não seria cumprida de forma imediata ou sem dificuldades. Em Gênesis 15.13-14 e Êxodo 12.40-41, Deus revela que a descendência de Abraão passaria 430 anos no Egito, mas seria libertada com mão forte. E assim aconteceu: o Senhor tirou Israel da escravidão, guiando-os com poder e autoridade.
Em Êxodo 14.15, diante do mar e com o exército de Faraó se aproximando, Deus dá uma ordem clara a Moisés: "Dize ao povo que marche." Mesmo diante do medo e da aparente impossibilidade, a ordem de Deus era seguir em frente.
1. A Ordem é Marchar – Êxodo 14.15
Mesmo que você esteja em Pi-Hairote, um local aparentemente sem saída (com o mar à frente e o inimigo atrás), Deus ordena: Marche! Ele não nos chamou para a estagnação ou para o medo, mas para avançarmos com fé, confiando que Ele abrirá o caminho.
2. A Marcha é Organizada
Assim como os militares marcham em pelotões, com disciplina e estrutura, nossa jornada espiritual também exige ordem.
Como você está marchando?
Para onde está marchando?
Não é qualquer direção que importa, mas a direção que Deus determinou.
3. Nossa Marcha é Integral, Não Parcial
Os soldados marcham com frequência – seja em treinamento, em comemorações cívicas ou em serviço ativo. Apenas os doentes ou em descanso estão fora da marcha.
Como cristãos, não podemos ser “soldados de folga”. Nossa marcha é diária, constante, integral.
4. Temos Mais Motivos Para Marchar do que os Militares
Enquanto os exércitos terrenos marcham por nações, honras e ordens humanas, nós marchamos por propósitos eternos:
Marcha da Oração – “E tudo que pedirdes na oração, crendo, recebereis” (Mateus 21.22).
Marcha da Evangelização – “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho” (Marcos 16.15; João 15.16).
Marcha pelo Conhecimento da Palavra – “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Oséias 6.3).
Marcha do Jejum – Como fez Neemias diante de decisões cruciais (Neemias 1.4).
Marcha da Fidelidade nos Dízimos – “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro” (Malaquias 3.10).
Marcha do Congregar – “Buscai primeiro o reino de Deus” (Mateus 6.33).
Marcha da Santificação – “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12.14).
Santificação nos pensamentos, olhos, boca, atitudes – uma consagração completa.
5. Moisés Projetou Quatro Ações Positivas para a Marcha
1. Marcha da Calma, não da Loucura
"Aquietai-vos e vede o livramento do Senhor" (Êx. 14.13).
Diante do caos, a paz interior deve prevalecer.
2. Marcha da Confiança, não da Covardia
"Os egípcios que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver" (Êx. 14.13).
A confiança em Deus nos permite enfrentar inimigos maiores que nós.
3. Marcha da Clareza, não da Confusão
"Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem!" (Êx. 14.15).
Deus já havia dado direção. Era hora de obedecer.
4. Marcha da Competência, não do Desajeitamento
"Moisés estendeu a mão sobre o mar… e o mar se tornou em terra seca" (Êx. 14.21-22).
Moisés agiu com firmeza e fé, e Deus operou o milagre.
Conclusão
Nossa marcha não é rumo a uma terra física como Canaã, mas aos céus. Enfrentaremos obstáculos, mares fechados, inimigos, dúvidas... Mas não podemos parar. Quem está à frente da nossa jornada é o próprio Senhor, e n'Ele somos mais que vencedores (Romanos 8.37).
Não recue, não pare, não se distraia. MARCHA! Porque o Senhor garante a vitória.



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